Abstract:
Este estudo aborda a educação financeira e sua relação com as classes
econômicas, destacando como o conhecimento financeiro pode transformar o
comportamento das pessoas em relação ao dinheiro. O objetivo geral foi analisar o
entendimento dos indivíduos das classes C, D e E acerca da educação financeira e
do mercado financeiro. A pesquisa teve abordagem qualitativa e entrevistou 13
indivíduos residentes em Belo Horizonte/MG e região metropolitana, que se
enquadram nas classes C, D e E, conforme o critério econômico do IBGE. As
entrevistas foram realizadas via WhatsApp e ligação, utilizando para o tratamento
dos dados a técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicam que esses
indivíduos enfrentam desafios significativos para investir, com a maioria não
realizando investimentos devido à falta de conhecimento e à percepção de
insuficiência de renda. Apenas 2 dos entrevistados investem, preferindo opções
conservadoras como CDBs e poupança pela segurança oferecida. Percebem a
educação financeira como essencial, mas deficiente na sociedade, e relatam não
terem recebido educação formal nesse campo, buscando conhecimento por conta
própria. O acesso à tecnologia pode capacitar novos investidores, mas a
comunicação é considerada ineficaz devido ao uso de termos técnicos. A maioria
utiliza internet e aplicativos bancários para obter informações sobre investimentos,
mas destaca a necessidade de uma linguagem mais acessível.